Como tudo começou


Queridos amigos e amigas, queremos inicialmente agradecer as mensagens de carinho, força e a preocupação conosco. Nós estamos bem, ficamos em casa, lendo, assistindo filmes e saímos para caminhar nas áreas verdes que nos circundam. Não será fácil ficar parados, mas as autoridades aconselharam evitar locais movimentados, fecharam cinemas, teatros, museus, escolas e universidades. Atividades esportivas e culturais foram canceladas e os carnavais encerraram no domingo à noite.

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Trata-se de um vírus inédito e perigoso num mundo globalizado, quase todos os países estão lutando contra ele, pois as pessoas nunca se movimentaram tanto e com tanta rapidez. Alguns países estão mais preparados, investigam mais e se organizam para combater essa epidemia.

Como tudo começou? Quais as primeiras providências? Quem avalia as medidas? Como progrediu a doença? Quantos estão contaminados agora? Quantos morreram?

O paciente 1

Mattia é o primeiro contaminado identificado na Itália, um manager e esportista com 38 anos. Ele resistiu firme na Terapia Intensiva por um mês: “Eu resisti duramente só para ver nascer a minha filha”. Nesta esntrevista, publicada em 12 de junho, ele conta um pouco de sua experiência, curado e recuperado:



Como tudo começou
20 de fevereiro – Giulio Gallera, Assessor da Saúde da Região Lombardia, anuncia para os meios de comunicação que um homem de 38 anos foi constatado positivo ao teste Coronavirus e estava hospitalizado no Hospital de Codogno (Codonho, em português), uma pequena cidade da Província de Lodi.


 Aqui na Itália estamos vivendo uma situação surreal, mas sem motivos para pânico. Nossa cidade está fora da zona de perigo, mas às vezes dá a impressão de viver num filme de ficção científica, especialmente ao ver na televisão as notícias e as imagens de cidades vizinhas com as ruas vazias, com as pessoas proibidas de entrarem ou saírem sem autorização do prefeito.



 Outras cenas que causam impressão são motivadas especialmente pelo medo das pessoas de ficarem sem alimentos, esvaziando os supermercados.



 Nas farmácias também não tem mais máscaras e álcool gel para vender, assim iniciam as ações de exploradores. A quantidade de ambulâncias nas ruas é enorme. Médicos e enfermeiros protegidos com máscaras e macacões sanitários, parecendo astronautas.


Por que todas essas medidas de precaução estão sendo tomadas se uma gripe H1N1, por exemplo, mata muito mais gente que o Corona vírus?


Segundo os especialistas para combater os vírus de H1N1 já tem vacinas, medicamentos testados e as pessoas também desenvolveram anticorpos, já para o “Corona vírus” ainda não tem nada e talvez leve alguns meses até que os testes sejam concluídos.

Como tudo começou

Quando o surto do Coronavirus começou a Itália foi a primeira nação a fechar a conexão com a China. Mas ao que parece a pessoa que iniciou o contágio no território italiano é um manager da multinacional Unilever, na cidade de Casalpusterlengo, que fica a 18 km da nossa cidade.  O possível paciente “Zero”, ou seja, aquele que iniciou o contágio, foi ao Pronto Socorro com sintomas de gripe, foi medicado e mandado para casa, mas logo em seguida piorou e voltou ao hospital de Codogno, nessa ocasião foi diagnosticado que era portador do vírus. 

O Ministério da Saúde agiu rapidamente e procurou todas as pessoas que tiveram contato com ele.  Muitos exames foram feitos e foi determinado que 10 cidades passassem a fazer parte da ZONA VERMELHA, de onde não se pode mais sair ou entrar sem autorização. Mas algumas já tinham saído e o vírus foi diagnosticado em outras regiões, além da Lombardia, tem casos em Pavia, Torino, no Vêneto, Reggio Emilia e no sul da Itália. A competência das autoridades sanitárias é inacreditável, até o governo e a oposição fizeram uma trégua para resolver essa emergência. 

Aos poucos se verificou que algumas pessoas tiveram contato com outras cidades e regiões do norte da Itália, assim se limitou uma ZONA AMARELA, onde como alerta e prevenção se tomaram outras medidas: fechar escolas e universidades, teatros, cinemas, academias e locais onde possa haver um possível contágio.

Nós estamos nessa ZONA AMARELA, mas antes das limitações aconselhadas já tínhamos tomado nossas medidas e cuidados, por exemplo, não fomos mais à Universidade, nem participamos mais dos encontros de inglês, pintura, academia ou sessões de pilates. Agora todos esses espaços estão fechados, inicialmente por duas semanas.
Para nós é um pouco difícil ficar parados, como vocês sabem, mas estamos curtindo nossa casa, lendo, assistindo filmes e caminhando nas áreas verdes que nos circundam.
Aliás, esta situação gerada pela preocupação que o contágio se transforme em pandemia tem unido governo e as pessoas mais responsáveis da oposição para que a situação se resolva da melhor forma possível.



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